As chefias – preparo, despreparo, no discurso a prática é outra. O poder – quem tem, quem quer ter, o déspota/tirano, o bonzinho, o mediador/contemporizador, o articulador.

O chefe. Quem é este monstro??. Bem, ele não é um monstro só porque ele quer, ele foi forjado pelos Drs. Franksteins espalhados por todas as Organizações.

Como falei anteriormente, normalmente é aqueles funcionários de excepcional desempenho na função, que ter certa proximidade com a chefia da área e que tem competência técnica para tal, PORÉM ele nunca foi treinado a lidar com pessoas. Às vezes damos sorte de encontrar alguns que se interessam em saber como devem lidar com este assunto tão delicado e sai lendo toda literatura especializada que encontra na praça. Mas infelizmente a maioria não é assim. Conheci ótimos técnicos que viram péssimos gestores. São profissionais que discursam de forma fantástica ( até porque tem formação acadêmica que lhes proporcionam tal habilidade) e quando vão para prática atacam de forma tirânica a equipe. Várias vezes estão bem conceituados perante a alta administração até que acontece uma pesquisa de clima e se sente surpreso com o resultado pois tinha a certeza que o primeiro item é o SALÁRIO.

Ledo engano…., os funcionários ( e nós também) sempre irão reclamar do salário porém o ambiente é o fator mais importante e o gestor é o maior responsável por ele.

Neste momento ele entra em pânico, não sabe por onde começar, não sabe onde errou. Não sabe nada. Culpa alguns funcionários que estão de mal com a vida. Acha que deve dar uma limpa nos insatisfeitos. É aí que a alta gerencia entra e descobre que esta criatura nunca fez nenhum curso que o ajudasse a gerenciar pessoas e conseguisse trabalha a sua auto critica e começa a investir em treinamentos.

Em alguns casos aprecem os gestores bonzinhos e este tipo é o mais perigoso pois ele se mostra uma coisa para a equipe e para a alta gerencia representa outra. Ele sempre usa a pessoa jurídica como justificativa. Usam frases do tipo “a Organização decidiu que.…”. Nunca ele participa das decisões. É o famoso PATERNALISTA. Faz cara de coitado, sempre dando respostas evasivas para a equipe. No início, para o grupo, ele é o gestor ideal, que sabe ouvir e morre abraçado com toda a equipe. Com o passar do tempo o grupo percebe que ele pouco agrega e começa a deixá-lo de lado e o barco começa ir a deriva pois não existem regras a serem cumpridas. Ele também será surpreendido com o resultado da pesquisa clima. Se sentirá traído e normalmente passará a ser tirano com a equipe. Mais uma vez a alta gerencia partirá para investir em treinamento.

Porém existe o tipo ideal, aquele que nasce com o talento de fazer gestão. Tem o perfil de articulador, contemporizador e mediador. Ele não é um TIRANO e nem é PATERNALISTA porém age como um PAI.. Isto mesmo age como um pai. Não se assustem com esta palavra. Pai é aquele que elogia quando você faz uma coisa bem feita, vibra com o seu sucesso e te puxa a orelha quando faz alguma coisa errada sempre no intuito de agregar valor na sua vida.

Este articulador sabe manter relacionamento interpessoal e intrapessoal. Defende muito bem a sua área e equipe sempre utilizando de bom senso nas decisões. Quando erra, assume diante da equipe sem ter medo de ser criticado ou perder o poder. Fala sempre em nome da pessoa física e orienta a equipe para resultados. Tem domínio de seu emocional. Evita respostas dadas pelo estômago porém é rápido no agir. Para ele não existe surpresa em qualquer pesquisa de clima.

Este gestor é o sonho de toda alta gerencia que às vezes sai procurando no mercado sem perceber que tem dentro de casa.
As áreas de RH deveriam estar preocupadas em catalogá-los e a partir de reconhecidos, procurar mantê-los e desenvolve-los pois estes sim irão dar resultados para a organização independente da formação acadêmica

Comentários

  1. Privilégio dos que podem ler em poucas palavras um resumo de experiências construídas em anos de vida prática.

    Agradecimentos ao autor pela iniciativa que norteia os que apreciam.

    Saudações

    • reneolivieri diz:

      Renato,

      É imensa a felicidade de te-lo reencontrado…muito obrigado pelas palavras…um grande abraço

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